Doença de Legg-Calvé-Perthes
O que é?
A Doença de Legg-Calvé-Perthes foi descrita há mais de 100 anos. É conhecida como necrose asséptica da cabeça do fêmur, ou seja: a cabeça do fêmur, a parte que se articular com a bacia, morre por falta de suprimento sanguíneo, e depois se reconstrói, mas de forma alterada. Ocorre mais em meninos, dos 4 aos 8 anos.
O que causa?
Não há uma causa bem definida para a doença de Perthes. Muito se estuda a respeito disso, e parece haver uma alteração na vascularização da cabeça do fêmur, que predispõe a esta morte repentina do osso.
O que a criança sente?
Geralmente, a criança não sente dor, mas começa a mancar devido à dificuldade de movimentação do quadril. Com o passar do tempo, o quadril vai perdendo mais e mais a sua mobilidade, e pode ocorrer até mesmo diferença de comprimento das pernas.
Como fazer o diagnóstico?
O diagnóstico é suspeitado com exame físico e confirmado com radiografias da bacia. Dependendo do estágio da doença, outros exames são necessários, como ressonância magnética e até mesmo cintilografia óssea.
Qual é o tratamento?
Da mesma forma que pouco se sabe sobre a doença de Perthes, há pouca concordância com relação ao tratamento. As crianças mais novas apresentam um prognóstico melhor que crianças mais velhas; em crianças mais novas e com quadros mais leves, inicia-se pedindo que a criança evite dar carga no quadril afetado – correr, pular, etc. Conforme a doença avança, podem ser usadas órteses, que são aparelhos para manter os quadris abertos. Em determinados casos, em vez de órteses, usamos um fixador externo no quadril. Por fim, em casos crônicos, fazemos cirurgias corretivas para o quadril afetado, que envolvem ossos da bacia e do fêmur.
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato.
Dr. David Gonçalves Nordon
CRM-SP 149.764
TEOT 15.305
12/07/2023 @ 15:20
Eu tive essa doença quando pequeno, meu filho mais velho teve também e agora o mais novo parece que está iniciando o ciclo inicial da doença também. Incrível como a literatura não aponta como relação genética e sim como casualidade.
29/11/2023 @ 08:02
Há muita coisa de Perthes que ainda não sabemos, mas não duvido que haja alguma alteração genética que leve a um padrão de alteração nos vasos e, por consequência, à necrose.