Férias e risco de acidentes
Quais são os acidentes mais comuns que ocorrem na época de férias?
A grande maioria se relaciona aos esportes e a atividades ao ar livre. Nas férias de verão, ocorrem também muitos acidentes com piscina.
Os mais frequentes, do ponto de vista ortopédico, são quedas que levam a fraturas dos membros superiores. Na faixa etária dos 4 a 8 anos, é muito comum a fratura supracondiliana, que ocorre acima do cotovelo, no braço, e se deve ter muito cuidado para tratar corretamente, pois é uma fratura com potencial de consolidar de forma errada e levar a deformidades.
Outra fratura recorrente, após esta idade, é dos ossos do antebraço. Elas geralmente ocorrem no braço não dominante, ou seja, no braço esquerdo de destros, pois as crianças o põem na frente para evitar bater com o rosto no chão. É uma fratura que geralmente é bem tratada com gesso, felizmente.
A fratura de rádio distal, que ocorre no punho, também é bastante comum e é causada por queda com a mão espalmada.
Não podemos nos esquecer das fraturas de dedos, jogando bola, e das fraturas de tornozelo, em entorses andando de patins, por exemplo.
Porém, o acidente com potencial mais grave é relacionado ao mergulho em águas rasas; a criança pula, bate a cabeça no chão, e com isso apresenta um trauma potencialmente grave de crânio ou até mesmo uma fratura de coluna cervical.
Como podemos prevenir?
Ficar de olho é o mais importante. Quanto ao mergulho, nunca deixe a criança sozinha ou desassistida e não deixe que realize mergulho em lugares não seguros.
Quanto às outras atividades, insista no uso de equipamentos de proteção, como capacete, joelheiras, cotoveleiras, luvas, etc. Por mais chato que elas pensem que seja, estes equipamentos são muito importantes para a sua segurança e previnem abrasões, cortes e acidentes mais graves.
Fique sempre de olho no seu filho e oriente para que só faça as atividades em locais seguros (locais cercados, com piso adequado, e não próximo de ruas movimentadas ou no meio de terrenos irregulares, por exemplo).
Cuidados com a viagem
Já falamos anteriormente sobre isso, mas não custa relembrar: o uso da cadeirinha e elevadores de assentos tem relação direta com a prevenção e sobrevivência a acidentes. O uso da cadeirinha virada para trás diminui em mais de 70% o risco de acidentes graves.
No Brasil, recomenda-se a cadeirinha virada para trás até 1 ano de idade, ou 9 quilos. É mais ou menos o tempo de recomendação do uso do bebê conforto, quando este é trocado para a cadeirinha (embora haja cadeirinhas que podem ser usadas desde o nascimento).
O elevador de assento geralmente é usado a partir dos quatro anos e deve ser utilizado até a criança atingir 10 anos ou 1,45m. É a partir desta idade que ela pode começar a andar no banco da frente.
No entanto, lembre-se: cuide de quem você ama. Crianças sempre no banco de trás.
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Dr. David Nordon
CRM 149.764
TEOT 15.305