Pé Torto Congênito
O que é?
Uma deformidade presente ao nascimento, na qual os pés ficam virados para dentro. Eles são rígidos e não voltam para a posição normal, mesmo quando forçados. Devem ser diferenciados dos pés tortos posicionais, que voltam para a posição normal quando forçados e têm evolução muito mais benigna. Ocorre mais em meninos e acomete os dois lados na metade dos casos.
Qual a causa?
Ainda não se sabe ao certo, mas é provável que haja influência genética, pois há risco aumentado se houver mais pessoas na família com este problema.
Como diagnosticar?
O pé torto já pode ser observado na ultrassonografia morfológica, antes mesmo de o bebê nascer. Caso tenha passado despercebido, o diagnóstico é feito na sala de parto e confirmado por um ortopedista. Não é necessário nenhum exame (como radiografia ou ultrassonografia) para definir o diagnóstico.
Como tratar?
Uma vez diagnosticado o pé torto congênito, o ortopedista irá iniciar o tratamento mais efetivo que temos atualmente: a técnica de gessos progressivos descrita por Ponseti. Consiste na realização de gessos semanais, geralmente 5 a 7 semanas, nos quais os pés acometidos são corrigidos progressivamente, até ficarem na posição correta.
Na maioria das vezes (cerca de 90-95%), é necessária a realização de um pequeno corte no tendão de Aquiles, aquele do calcanhar, para que o pé fique na posição normal. Depois deste procedimento, a criança usa gesso por mais 3 semanas, antes de trocar pelo uso de uma órtese.
A órtese mais comum é a chamada “órtese de abdução do tipo Denis-Browne”, que consiste em duas “sandálias” separadas por uma barra de metal. Ela é inicialmente usada por 23 horas por dia, e depois progressivamente menos, até 14 horas por dia, geralmente até os 3 a 4 anos de idade.
E se eu descobri muito tarde?
Mesmo nos casos de diagnóstico tardio, realizamos o tratamento com gesso inicialmente. Entretanto, nestes casos é frequente necessitar de mais procedimentos cirúrgicos, pois, quanto mais tempo a criança permanecer com o pé torto, mais difícil fica de corrigir.
E se a deformidade voltar?
Pode acontecer de a deformidade voltar, apesar do tratamento. Isso geralmente ocorrer por falha no uso da órtese (uso por menos tempo do que o recomendado). Neste casos, realizamos novamente trocas de gesso e a tenotomia, mas, às vezes, são necessários procedimentos mais agressivos para tratamento.
Meu filho ficará com alguma sequela?
O pé torto congênito, mesmo tratado, nunca fica normal. A perna será sempre mais fina do que uma perna normal, e o pé, um pouco menor. Alguma deformidade pode ficar. No entanto, é um pé normal o suficiente para a criança brincar, desenvolver-se e ter uma vida normal.
Tudo o que você precisa saber sobre o
Pé Torto Congênito
Tudo o que você precisa saber sobre Pé Torto Congênito (PTC) – Parte I
O que é o Pé Torto Congênito? O que causa? Como tratar? O que é uma técnica de Ponseti bem feita e como escapar de furadas?
Tudo o que você precisa saber sobre Pé Torto Congênito (PTC) – Parte II
Desta vez, falamos sobre cuidados com o gesso, dicas para retirar o gesso e, também, um pouco sobre a rotina de uso da órtese de Dennis-Browne.
Tudo o que você precisa saber sobre Pé Torto Congênito (PTC) – Parte III
Hoje, falamos especificamente sobre as recidivas do pé torto: por que ocorrem, como prevenir e, principalmente, como tratar?
Sobre o Tratamento pelo método de Ponseti
O tratamento do PTC antigamente era muito complicado, envolvendo técnicas de manipulação com gesso e cirurgias que tinham maus resultados.
Ponseti foi o ortopedista que revolucionou o tratamento do PTC com uma técnica simples, mas extremamente eficaz: a manipulação com trocas gessadas.
Pelo método de Ponseti, o pé invertido é trazido progressivamente à posição correta, por manipulações e gessos corretivos que vão da coxa ao pé e de trocas semanais. Ao final, 95% dos pacientes passarão por uma tenotomia – o corte do tendão de Aquiles, para recuperar a capacidade de puxar o pé para cima.
Ele desenvolveu a técnica nos anos 1940 e a aplicou por mais de vinte anos. Seus resultados foram excelentes, mas ela demorou para ganhar o mundo, pois os ortopedistas ainda acreditavam mais em procedimentos cirúrgicos. A partir da década de 1980, a técnica começou a ser difundida; no Brasil, ela chegou apenas depois dos anos 2000, e agora é o método de excelência para tratamento de Pé Torto Congênito.
Este método de tratamento é excelente, tornando o PTC um pé flexível, indolor e totalmente funcional, com baixo índice de recidivas e baixíssima necessidade de intervenção cirúrgica maior do que a tenotomia
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Fase de Gesso
5 a 7 semanas de trocas semanais e 3 semanas inteiras após a tenotomia.
Fase de Órtese
Da tenotomia aos 4 anos de idade.
O que são Recidivas
Recidiva é o retorno de uma das deformidades (Cavo, Aduto, Varo ou Equino).
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